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31 de jan. de 2012


Rinoplastia secundária- cirurgias de correção de deformidades nasais secundárias a procedimentos com evolução desfavorável.

Varios fatores podem levar a uma evolução desfavorável no pós operatório, as vezes por um diagnóstico errado na avaliação pré operatória ou por má execução técnica da cirurgia e muitas vezes por fatores que não são dependentes do cirurgião, como a resposta cicatricial de cada paciente, uma retração inesperada dos tecidos e a capacidade individual de formar fibrose.
Nesses casos, temos que ser bem realistas em relação as limitações e os potenciais benefícios que uma nova cirurgia poderá trazer ao paciente. O objetivo da cirurgia não será mais um nariz perfeito, tentaremos apenas melhorar o nariz em cada aspecto necessário.  Lembrando que: um nariz que já esta ruin, pode ficar pior! Por isso, o custo benefício de uma nova cirurgia deve ser muito bem discutido e avaliado entre o paciente e o cirurgião.
As aderências e cicatrizes internas existentes nas estruturas e tecidos do nariz já operado, tornam a cirurgia secundária muito difícil. Cada caso se apresenta como um novo desafio ao cirurgião, que precisa utilizar uma grande variedade de técnicas cirúrgicas para correção do nariz.
Na rinoplastia secundária, enxertos de cartilagem em diferentes quantidades serão necessários para uma estruturação do esqueleto do nariz , dando o suporte adequado para as cartilagens, mascarando as deformidades e corrigindo as alterações funcionais. O principal sitio para obtensão dos enxertos é a cartilagem o septo nasal, que tem a firmeza ideal, e de facil acesso por já estar no campo operatório, mas em pouca quantidade. Dependendo da tecnica escolhida, enxertos de cartilagens da orelha ou da costela também podem ser utilizados.
Dentre as principais complicações nasais encontramos:
Deformidade em ”V” invertido.
Ocorre quando o cirurgião remove o dorso cartilaginoso de forma agressiva e não faz uma reestruturação, principalmente em pacientes que necessitam de grande rebaixamento do dorso nasal e com ossos nasais curtos, evoluindo com um colapso das cartilagens laterais superiores, deixando o terço médio do nariz mais fino que o resto do nariz, formando um “V” invertido no dorso nasal e ao mesmo tempo estreitando a válvula interna do nariz, causando obstrução nasal.
V Invertido Gustavo Gosling

Confeccionando e fixando enxertos dilatadores (chamados de spreader grafts) no terço médio do nariz, conseguimos alargar essa área, melhorando o aspecto do dorso nasal e abrindo a válvula nasal interna, garantido uma boa passagem de ar.
Rinoplastia Gustavo Gosling
Gustavo Gosling Rinoplastia

- Deformidade em “teto aberto”
A deformidade em teto aberto acontece quando realiza-se uma retirada de osso e cartilagem do dorso do nariz, mas os osso nasais não são fraturados e reposicionados, e assim, fechando o teto nasal. O teto fica “aberto”, com uma deformidade plana, larga e irregular de aspecto não natural.
Rinoplastia Gustavo Gosling
Corrigimos essas alterações fazendo uma regularização do dorso com uma raspa, seguida de cortes precisos nos ossos nasais lateralmente, fraturando-os e reposicionando-os, de forma que fechem o teto no nariz, devolvendo uma forma nasal mais natural.

Deformidade em “bico de papagaio” (polly beak)
Quando não há uma ressecção suficiente de cartilagem no terço médio do nariz, principalmente em pacientes com pele grossa, e quando não é feita uma boa estruturação da ponta nasal, essa deformidade pode aparecer. A queda da ponta e o volume causado pela cartilagem excessiva, da uma forma de um bico de papagaio ao nariz.
Rinoplastia Gustavo Gosling
Uma precisa remoção de cartilagem e um suporte adequado da ponta pode melhorar essas alterações.

Queda da ponta do nariz no pós operatório
Qualquer resultado em cirurgia plástica nunca será definitivo. Continuamos sob a ação do envelhecimento e da gravidade. É claro que tentaremos tudo para que os resultados durem o maior tempo possível.
A queda precoce da ponta nasal acontece quando o cirurgião não faz uma boa estruturação da ponta. Essa estruturação é feita com um pedaço de cartilagem retirado do septo nasal, formando uma estaca, que deve ser fixada entre as cartilagens da ponta, garantindo uma correta projeção do nariz por muitos anos.
Rinoplastia Gustavo Gosling

Ressecção exagerada do dorso
Acontece na maioria das vezes por uma má avaliação e diagnóstico das alterações nasais. Por uma ressecção exagerada, alguns narizes ficam com o dorso muito baixo, deformando-os e deixando um estigma de nariz operado. Tal alteração dificilmente irá acontecer nas mão de um cirurgião especialista em nariz, mas não é raro nos deparar-mos com essas deformidades
Rinoplastia Gustavo Gosling

Enxertos cartilaginosos ou implantes podem devolver um aspecto natural à esses narizes, levantando o dorso a uma altura mais adequada, mascarando as deformidades.

Pinçamento nasal
Acontece quando o cirurgião faz uma ressecção excessiva das cartilagens alares, que dão forma à ponta do nariz, na tentativa de afinar e definir, causando um colapso da estrutura for falta de sustentação, e assim fazendo um pinçamento do nariz. É um dos maiores estigmas da cirurgia plástica de nariz. As vezes, o pinçamento pode aparecer depois de muitos anos de cirurgia.
Além da alteração estética, essa deformidade é responsável por uma obstrução nasal persistente por uma disfunção da válvula nasal.
Rinoplastia Gustavo Gosling
Nesse caso, uma cirurgia mais agressiva de reestruturação com enxertos cartilaginosos de suporte é necessária.
Gustavo Gosling - Rinoplastia

Irregularidades no dorso
É uma das complicações mais comuns. Acontece muitas vezes pelo processo cicatricial individual do paciente, levando à formação de calos ósseos, aparecendo como pequenos abaulamentos no dorso do nariz. Essas alterações podem aparecer muitos meses após a cirurgia.
Na maioria das vezes, uma rápida regularização com uma raspa por uma pequena incisão dentro do nariz ja é suficiente para a correção desse problema.

Assimetrias nasais
As assimetrias muitas vezes já existiam antes de uma cirurgia prévia e não foram eficientemente tratadas, ocorrem por erros durante a cirurgia ou estão relacionada a problemas cicatriciais.
O nariz não desincha por igual, então pequenas assimetrias no pós operatório podem aparecer. O paciente precisa de muita paciência nessa fase.

Recomenda-se aguardar pelo menos 1 ano após a cirurgia para tratar as alterações acima descritas,
esperando uma completa maturação da cicatrização e absorção total do inchaço.

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